segunda-feira, 14 de junho de 2010

A importância da Contabilidade de Custos

Com o surgimento das empresas industriais em meados do século XIX, nasce à contabilidade de custos, surgiu através da Contabilidade Financeira (ou Geral), com a necessidade de avaliar estoques na indústria. Através dessa nova técnica contábil, os gestores da época tiveram um melhor controle dos seus custos de produção, sendo assim, o objetivo principal no seu surgimento era a avaliação de estoques.

Assim, passando por vários estudos do novo ramo contábil, verifica-se que a contabilidade de custos é um instrumento bem mais preciso do que se imagina, descobre que não serve apenas para apurar estoques, mas também gerar informações gerenciais. Surgi então uma contabilidade de custos mais moderna, deixando de ser exclusividade dos setores industriais, e passando a ser utilizada para outros setores como: instituições financeiras, empresas comerciais, empresas de prestação de serviços entre outros, tendo como importância principal o controle e a tomada de decisões.

Segundo Martins (2003), controle tem a importante missão de fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para comparação com os valores anteriormente definidos, já as tomadas de decisões, tem a importância de alimentar informações sobre valores relevantes que dizem respeito às conseqüências de curto e longo prazo sobre medidas de introdução ou corte de produtos, administração de preços de venda, opção de compra ou produção.

Atualmente a Contabilidade de Custos tem como objetivos principais: avaliar estoques, atender as exigências fiscais, determinar o resultado, planejar, formar o preço de venda, obter um controle gerencial, avaliar o desempenho, obter um controle operacional, analisar as alternativas, estabelecer parâmetros, obtenção de dados para orçamentos, tomada de decisão.

De forma mais detalhada a Contabilidade de Custos possui algumas apropriações, buscando alocar os custos de forma mais precisa para uma melhor avaliação na produção dos produtos. Em relação à alocação dos custos aos produtos, temos: Custo Direto são facilmente identificados a um determinado bem ou serviço, ex: matéria-prima e mão-de-obra, Custo Indireto são aqueles custos que abrange toda a produção, exceto materiais diretos e mão-de-obra direta, ex: salário do supervisor da produção, depreciação, aluguel, energia, etc. Temos ainda os custos que depende do volume de produção, são eles: Custos Variáveis aumentam de acordo com o volume de produção ou venda, ex: matéria-prima, Custos Fixos são aqueles que permanecem constantes independente do aumento de produção, ex: aluguel da fábrica, depreciação.

As classificações de custos citadas no parágrafo anterior são as mais utilizadas, no entanto existem outras classificações como: Custo Padrão que são custos pré-determinados, que permite saber a evolução do custo em relação aos períodos anteriores, Custos Históricos são custos objetivos, que não pode sofrer nenhum tipo de reajuste monetário, Custos de Oportunidade é o valor do benefício que a empresa deixa de ganhar, por tomar uma decisão que atinja um caminho diferente, Custos Primários é a soma do material direto e da mão-de-obra direta utilizada no processo produtivo, Custo de Transformação é a transformação do material em produto, Custos estimados são custos destinado a resolver controle e planejamento, Custos Rateados será sempre custo indireto, Custos Semi Variáveis são aqueles que possuem a parte fixa e outra variável, Custos Evitáveis e Não Evitáveis custos evitáveis são excluídos ao deixar de por em prática um determinado processo, e custos não evitáveis poderão aparecer em qualquer circunstância.

Em fim, com base nas informações obtidas sobre a Contabilidade de custos, verificou-se que desde o seu surgimento essa técnica contábil já desempenhava papel importantíssimo nas indústrias, com o passar dos anos a contabilidade de custos passou a ser utilizada em outras áreas empresariais, firmando ainda mais a importância dessa ferramenta para o controle e a tomada de decisão. No momento atual, o mercado está concorridíssimo, no que diz respeito à venda e prestação de serviço, ou qualquer outra forma de adquirir receita. Sendo assim, é necessário saber alocar os custos corretamente para gerar um preço de venda compatível com o mercado.

Por: Glauber Robert

domingo, 13 de junho de 2010

Custos e produtividade

A contabilidade registra fatos históricos que são reportados numa determinada data ou numa determinada época, para determinar o dispêndio com a produção e medir-lhe a eficiência (ou ineficiência), aplicando-se a contabilidade de custos. Entretanto, o custo histórico é uma medida ineficiente.

A contabilidade, tradicionalmente, e por sua própria natureza, registra fatos históricos que são reportados numa determinada data ou numa determinada época, para determinar o dispêndio com a produção e medir-lhe a eficiência (ou ineficiência), aplicando-se a contabilidade de custos. Entretanto, o custo histórico é uma medida ineficiente, visto que só apura quando terminada a produção. Com isto podemos dizer que o custo histórico incorpora (e esconde) todos os fenômenos ocorridos na produção. No entanto, serve apenas para dar uma idéia de quanto custou determinado produto, geralmente por um custo médio. E, quando se calcula a média de alguma coisa, também incluímos a média dos erros, dos desperdícios e das ineficiências.

Nada disso torna inválidos os custos históricos. É preciso, porém, associá-los a alguma medida comparativa que evidencie de que forma está sendo conduzido o processo de fabricação. A medida comparativa por excelência é o custo-padrão. Registrando e comparando os dois, poderemos chegar a uma análise que evidencie as variações ocorridas – positivas ou negativas. O custo padrão é uma avaliação de quanto um determinado produto deverá custar, mantidas as condições vigentes. Mas, para que seja eficiente em sua função, o custo padrão deverá ser associado ao orçamento da empresa quanto ao volume e valor da produção planejada.

Dessa análise poderemos extrair subsídios para melhorar o gerenciamento dos custos de produção, e, com isso melhorar a rentabilidade dos investimentos. Essas considerações passam pela produtividade. Aqui podemos considerar a produtividade como sendo o resultado do aproveitamento ótimo dos recursos humanos, materiais e técnicos. Ou seja, mão-de-obra, materiais e equipamentos. A produtividade fornece a medida da utilização dos recursos disponíveis. Pode-se dizer que é um meio de melhorar o nível da economia de um país. Aumentando nossa capacidade de produzir, utilizando os mesmos recursos, melhorando métodos e processos de trabalho e reduzindo os custos de produção, chegaremos ao barateamento do preço de venda, aumento da produção, melhores salários, melhor poder aquisitivo, e, por conseqüência, ao fortalecimento da economia. O custo padrão é um método adequado e eficiente, não apenas para controlar, mas também para informar sobre diversos aspectos da produção, como a utilização de matérias-primas e refugos produzidos; emprego da mão-de-obra; qualidade do produto; adequação do fluxo do processo; utilização das instalações e equipamentos; tempo ocioso de mão-de-obra e equipamentos, etc. Mas, será necessário estabelecer os padrões baseados em critérios que sejam adequados. Ou seja, em critérios técnicos, nunca em critérios subjetivos.

Assim deverá estar baseado no estudo do projeto, dos métodos e dos processos de produção. Será melhor se esse estudo começar a ser feito simultaneamente com o projeto do produto. Serão estabelecidos os padrões para materiais, mão-de-obra, tempo de operação e gastos gerais de fabricação (ou despesas indiretas de fabricação). O padrão de materiais é uma conseqüência da quantidade-padrão e do preço-padrão. O padrão de quantidade é estabelecido com base nas especificações do projeto do produto, e, se necessário, por análises químicas e mecânicas e testadas através da produção-piloto. Já o preço-padrão depende muito das condições do mercado, sendo influenciado por greves, maior ou menor disponibilidade, estabilidade da moeda e outros fatores econômicos. Levam-se em conta eventuais oportunidades, envolvendo as quantidades econômicas, métodos e freqüência de entrega e condições mais ou menos vantajosas oferecidas pelos fornecedores. O padrão de mão-de-obra é resultante do salário-padrão e do tempo de operação (ou tempo-padrão). Sofre a influência do método de operação mais ou menos adequado (o que é determinado pela área técnica). Deve incluir estudos sobre os equipamentos utilizados na produção; controle sobre a quantidade e qualidade dos materiais usados e tempo a ser aplicado em cada operação. A área técnica contribui com essas informações, que servirão de base para o estabelecimento do padrão de mão-de-obra. O tempo-padrão depende do grau de eficiência da mão-de-obra. Pode ser influenciado pelo arranjo físico da fábrica, pela entrega dos materiais nos locais necessários e no tempo determinado, por um eficiente sistema de programação da produção, pela padronização das operações, pela freqüência das paradas, pelo treinamento da mão-de-obra e outros fatores. Um bom estudo de tempos e movimentos e o balanceamento da linha de produção (ou de montagem) poderão auxiliar na determinação do tempo-padrão.

O salário-padrão é muito influenciado pela conjuntura econômica, pelos acordos salariais, pela forma de remuneração da mão-de-obra (horista, diarista, mensalista, tarefa, etc.), pela tecnologia utilizada, pela automação, pelos direitos trabalhistas, etc. A remuneração por tarefa possibilita maior eficiência da mão-de-obra, conseqüência de maior estabilidade de custo em relação a cada tarefa. O operário sente-se estimulado a trabalhar mais, produzindo mais, a um custo estável. Isso geralmente não ocorre nos casos de remuneração horária, diária, mensal, etc. Os gastos gerais de fabricação (custos indiretos) têm um comportamento em tudo diferente dos materiais e da mão-de-obra. Para estes últimos, há certa facilidade em se calcular um padrão. Porém, para os custos indiretos, como conseqüência da variedade qualitativa e da alternância do consumo, torna-se necessário adotar critérios rigorosos para sua correta apropriação aos custos de produção. A contabilidade de custos utiliza as taxas de absorção, de acordo com a atividade e o volume que se deseja atingir. Para isso, considera-se o total dos gastos gerais de fabricação e uma base de volume adequada ao caso, que poderá ser a produção planejada, o valor das matérias-primas, valor da mão-de-obra direta, valor do custo primário (materiais + mão-de-obra), horas previstas de mão-de-obra direta, horas-máquina, etc. A base de volume depende muito do produto e do processo de fabricação e para sua determinação deve-se aplicar o bom senso. A fixação dos custos-padrão não é o fim: É apenas o início de todo um sistema.As variações ocorridas serão objeto de uma análise profunda, se realmente quisermos controlar melhor a atividade. Essas variações deverão ser relatadas, explicando se houve desperdício de material ou deficiência de mão-de-obra e dos meios de produção, falhas na programação da produção ou na aquisição de materiais, ou erros na determinação dos custos históricos e padrão, etc. Os relatórios poderão ser emitidos no nível de detalhamento necessário, como por tipo de produto, operação, departamento de produção, turno, divisão, etc. A análise das variações poderá esclarecer as ineficiências, que podem estar relacionadas com o desempenho dos centros de custo. Assim veremos as variações no custo-padrão e suas causas mais comuns. As variações de materiais podem ser de preço e de quantidade. A área de materiais geralmente é responsável pelas variações de preço, enquanto as variações de quantidade são da fabricação. As variações de quantidade são apuradas multiplicando-se a diferença entre quantidades real e padrão pelo preço-padrão. As causas poderão ser a qualidade inferior, utilização deficiente ou mesmo alteração no funcionamento dos equipamentos. As compras podem ter sido feitas em desacordo com as especificações de qualidade; ou os materiais podem ter sido mal utilizados, ocasionando desperdícios; ou alterações nos métodos de fabricação ou nos produtos podem ter provocado as variações detectadas; as variações de mão-de-obra poderão ser de salário ou de eficiência; as variações de salário resultam da multiplicação da diferença entre salário real e padrão pelo tempo-padrão.

Essas variações podem ser conseqüência de alterações nos níveis salariais, emprego de mão-de-obra mais cara (em operações onde estava prevista mão-de-obra mais barata) ou uma produção emergencial, impondo custos mais elevados de mão-de-obra. As variações de eficiência são os resultados da multiplicação da diferença entre tempo real e padrão pelo salário-padrão. Sua causa pode ser a seleção, treinamento ou transferência de operários ou a própria variação da quantidade de materiais. No caso de produção inicial, geralmente consome-se mais tempo. As operações repetitivas e o tempo farão com que a mão-de-obra adquira maior destreza, assim como melhores métodos poderão ser adotados. As ineficiências também poderão indicar operários não qualificados, sugerindo correções. Materiais fora das especificações também poderão acarretar variações de quantidade. Os gastos gerais de fabricação, ou despesas indiretas de fabricação (DIF), também apresentam variações, que podem ser de eficiência, de volume e de orçamento. A variação de eficiência de DIF representa a variação de eficiência de mão-de-obra direta aplicada à absorção dos custos indiretos e calculada pela multiplicação da diferença entre os tempos real e padrão pela taxa de absorção. As causas são as mesmas que afetaram a eficiência da mão-de-obra.

A variação de volume é representada pela multiplicação da diferença entre os tempos real e orçado pela taxa de absorção. Suas causas podem ser falta de pedidos de clientes, falta de material, problemas de mão-de-obra ou com equipamentos. A variação de orçamento é a diferença entre as DIF reais e orçadas. Os custos-padrão, para que sejam realmente efetivos, necessitam ser contabilizados. Existem vários métodos de contabilização. Em geral, cada empresa adota o seu método particular, de modo a informar aquilo que é necessário para sua gestão. Porém, tudo isso significa fazer os lançamentos, a débito e a crédito, de uma ou mais contas, dos custos-padrão e dos custos históricos. Os saldos de ambas as contas serão comparados, evidenciando as variações. As contas de produtos em elaboração podem ser debitadas pelo custo real e creditadas, transferindo-se para o estoque de produtos acabados, pelo custo-padrão. As diferenças são transferidas para a conta de variações de custo. O encerramento destas se processará nas contas de resultado. Este é o sentido da contabilização: registrar e destacar os custos tal como ocorreram, ressaltando as diferenças e permitindo analisar as causas dessas variações. Fica aqui um instrumento eficaz para a gestão dos custos e aperfeiçoamento da produtividade e da lucratividade. Caberá à administração tomar a iniciativa. Em matéria de contabilidade e custos, já tem muito pano para as mangas.


Sobre o autor: Carlos José Pedrosa é catarinense de Biguaçu, radicado em Alagoas. Tem formação em contabilidade, sendo um profissional autônomo oriundo da iniciativa privada. Com mais de 40 anos de atuação em banco, na indústria siderúrgica, metalúrgica, mecânica e de laticínios, no comércio, no setor jornalístico, em estatal de abastecimento e no setor público. http://www.cjpedrosaconsultoria.com/ - cjpedrosa@cjpedrosaconsultoria.com


Fonte:
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/custos-e-produtividade/44376/

Custeio ABC... um sistema complexo, com custo x benefício desfavorável.

O Sistema de Custeio ABC surgiu no Brasil como sendo uma revolução na área de Custos. Com o passar do tempo, porém, revelou-se como um sistema complexo, caro e de pouca acessibilidade...


Activity Based Costing ou Custeio Baseado em Ativida-des teve impulso no Brasil na década de 90. Logo pas-sou a ser difundido como uma revolução, na área de de Custos, sendo apontado como uma verdadeira pa-nacéia para solucionar problemas de distorções que,num primeiro julgamento, os Sistemas Tradicionaisde Custos estariam sujeitos, quando da apuração doscustos unitários de produtos, mercadorias e serviços.
Considerando o caráter revolucionário atribuído ao ABC, pelas inovações propostas, aliado ao fato de ter surgido no Brasil fortemente apadrinhado por interesses econômicos e o aval de grandes empresas multinacionais de consultoria, naquela época, houve uma acentuada demanda por conhecimento e informações, visando a implantação do ABC, notadamente, por empresas de grandes portes.Porém, com o passar dos anos, já conscientizadas da complexidade para implantação do ABC devido ao extenso volume de informações necessárias e o alto ônus financeiro decorrente de sua implantação, manutenção e revisões periódicas, muitas empresas que o haviam implantado ou que pensavam nisso, para o futuro, desistiram desse intento...Uma excelente estatística realizada junto às 500 maiores empresas brasileiras e apresentada no 11º. Congresso Brasileiro de Custos em Porto Seguro, Bahia, jul/2004, pelo IEPG – Instituto de Engenharia, Produção e Gestão da UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá, MG – vide, na íntegra, no seguinte endereço: www.iepg.unifei.edu.br/edson/download/ArtsurveyABCHenrMayaraCBC04.pdf - constatou que, um número significativo de empresas não mais se interessava pela implantação e utilização do ABC, pelos seguintes motivos principais:1. Grande investimento para adequar os processos de coletas de dados e do sistema informatizado;2. Desenvolvimento de treinamento do pessoal envolvido;3. Custo-benefício desfavorável;4. Alta complexidade de gerenciamento dos dados nas respectivas origens;5. Decisão de abandoná-lo;6. Atual sistema de custeio atendendo as necessidades de maneira suficiente;7. Carência de recursos profissionais adequados para implantar e operacionalizar os procedimentos do ABC.
No item 8 - "Conclusões" - da citada pesquisa, os autores referem: "...a maioriadas empresas utiliza o Custeio ABC integrado a outros sistemas contábeis ou a outros sistemas da empresa..."Considerando as conclusões, supra referidas, chega-se à suposição de que, muitas empresas, num primeiro momento elegeram o ABC como um sistema de custeio único, de forma isolada, mas que, hoje, estão utilizando apenas parcelas de seu ferramental como elementos coadjuvantes dos Sistemas Tradicionais.É importante ressaltar, antes de outras considerações, que a partir do surgimento do Sistema de Custeio ABC, os Sistemas Tradicionais passaram a ser duramente criticados como sendo sistemas obsoletos, cujas funções estariam ultrapassadas, considerando-se a velocidade de transformação e evolução dos processos industriais, das novas exigências mercadológicas e dos efeitos de uma economia globalizada...
A Contabilidade de Custos, com o surgimento do ABC, passou a reconhecer quatro principais sistemas de custos, ou sejam:. Sistema de Custeio por Absorção:
Também conhecido como Global, Pleno e Integral que considera todos os custos e despesas, fixos e variáveis, na apuração dos custos unitários. Este tipo de sistema apropria os Custos Operacionais Indiretos, fixos e variáveis, dos centros de custos de produção, aos produtos, mercadorias e serviços mediante uso do MLC – Mapa de Localização de Custos;
. Sistema de Custeio Variável ou Direto:
Considera somente os custos diretos e demais custos variáveis, na apuração dos custos unitários.
Este tipo de sistema apropria os Custos Operacionais Indiretos, variáveis, dos centros de custos de produção, aos produtos, mercadorias e serviços mediante uso do MLC – Mapa de Localização de Custos;. Sistema de Custeio Padrão ou Standard:
Os principais objetivos desse sistema são, a apuração e análise das variações ocorridas, entre os padrões de custos unitários, pré-estabelecidos, e sua posterior efetivação real em nível de produtos, mercadorias e serviços. Seu objetivo se concentra, portanto, no confronte "previsto x realizado". Este tipo de sistema se abastece, praticamente, das informações obtidas a partir dos Sistemas de Custeio por Absorção e Custeio Variável, acima mencionados, e do Custeio ABC, quando for o caso.
. Sistema de Custeio ABC:
Este sistema teve sua concepção fundamentada através dos Sistemas de Custeio por Absorção e Custeio Variável. Seu diferencial, em relação aqueles sistemas, está na forma como os Custos Operacionais Indiretos de Produção, fixos e / ou variáveis, são agregados aos produtos, mercadorias e serviços.
Nos chamados Sistemas Tradicionais os custos indiretos são apropriados, aos itens, através do MLC – Mapa de Localização de Custos, a partir dos centros de custos, mediante rateios e pela utilização de unidades operacionais ou direcionadores, tais como: h, kg, pç, m, l, etc., enquanto que, no Custeio ABC , os custos unitários são primeiro identificados com as atividades operacionais dos centros de custos e, posteriormente, agregados aos produtos, mercadorias e serviços, através destas atividades e seus direrecionadores.
O Sistema ABC, da mesma forma que os Sistemas Tradicionais, se utiliza de rateios quando não existir a possibilidade de se identificar, nos centros de custos, uma atividade que possa se adequar aos produtos, mercadorias e serviços. Cumpre esclarecer, portanto, que nem sempre será possível evitar a utilização de critérios de rateios quando da utilização do Sistema ABC.
A Filosofia do Sistema de Custeio ABC tem por definição que, a agregação dos Custos Operacionais, deve se efetivar mediante critérios que evitem, ao máximo, a necessidade de utilização de rateios permitindo, assim, uma precisão maior nos resultados finais. No entanto, no que concerne à estrutura dos custosunitários e formação dos preços de produtos, mercadorias e serviços, o ABC não difere, na essência, dos Sistemas Tradicionais uma vez que, a formação dos preços e a estrutura dos custos seguem parâmetros contábeis legais, aceitos como metodologias científicas, ao longo dos anos, e consagrados pela Ciência Contábil à qual estão vinculados os Sistemas de Custos.
Diante do exposto e, reportando-nos ao título desse artigo, poderiamos perguntar: Que alternativas de custeio deveriam as empresas micro, pequenas e médias utilizar, considerando-se o alto investimento e o fato de que as próprias empresas grandes, já não serem unânimes no uso do Custeio ABC e, que, além disso, soma-se a existência de dúvidas quanto à precisão dos Sistemas Tradicionais, diante de constantes moções com criticas negativas, que surgiram depois da concepção do ABC, sob a falácia de que estariam ultrapassados?
Logicamente, a alternativa, só poderá ser aquela que, em sendo mais econômica, menos complexa e melhor elaborada possa ser uma ferramenta eficaz que possibilite, às empresas, de forma mais simples e econômica, uma eficiente gestão de seus custos, ou seja, a utilização ou o até retorno aos Sistemas Tradicionais que nunca foram, por concepção ineficientes e, tampouco, ultrapassados, mas sim, mal divulgados, mal eleborados e mal executados...
A seguir encontram-se relacionados os principais erros, os mais comuns, na utilização dos Sistemas Tradicionais que, ao longo dos anos, prejudicaram a imagem e lançaram, equivocadamente, suspeitas em relação à suas eficiências:
1. Definições de critérios de rateios, no MLC, mal elaboradas e incoerentes com a operacionalidade dos centros de custos e dos tipos de custos a serem rateados entre os diversos centros devedores;
2. Inclusão de gastos indevidos, no MLC, onerando os Custos Operacionais unitários dos centros de custos;
3. Desconsiderar na formação do Preço de Venda Calculado (interno), o fator "participação dos custos fixos", bem como, as variações nos volumes de produção, para mais ou para menos, nos centros de custos, tendo como decorrência uma formação de preços instáveis e, assim, tornando inviável uma análise adequada entre Preço Calculado x Preço Praticado (mercado);
4. Agregar as Despesas Operacionais Fixas (Custos Administrativos), ao custo por itens, mediante critérios incoerentes, tais como: utilização da Receita Operacional ou do Custo Operacional, como bases de rateio ou, ainda, utilizar- se das Margens de Contribuição de Cobertura dos Custos Fixos para tal finalidade;
5. Contratação de pessoas inábeis, com pouca experiência ou insuficiência de conhecimento para assuumir a responsabilidade profissional em Custos, diante da carência de especialistas plenamente habilitados no mercado;
6. Definir Preços de Venda, proceder análises de resultados, projeções de preços, quantidades e lucratividade ou outras análises semelhantes utilizando-se apenas do Sistema de Custeio por Absorção ao invés de, paralelamente, utilizar-se do Sistema de Custeio Variável;7. Utilização de sistemas informatizados do tipo "enlatados", não adequados às necessidades específicas e a realidade operacional da empresa, sob pretexto de que deram certo em outras organizações;8. Utilização precária de programas informatizados para agilização e qualificação de procedimentos.
Quando os Sistemas de Custeio Tradicionais são conduzidos de forma adequada, criteriosa, e isentos, tanto quanto possível, das distorções acima referidas, tornam-se ferramentas eficientes para as empresas, independente do porte que possuam...
É importante, também, enfatizar que, uma vez implantados e ajustados os Sistemas Tradicionais passam a fornecer um padrão de informações estáveis, contínuas, condizentes com as atividades operacionais, possibilitando vincular e manter a identidade custo x produto, dispensando a utilização de um sistema caro, complexo, de difícil controle, operacionalidade, e pouco resultado prático.
Considerando, para finalizar, que a maioria das empresas dependem de Sistemas de Custos que atendam às necessidades de custeio de produtos, mercadorias e serviços, com eficácia, porém de forma menos onerosa e, ainda, com relação ao que se refere o parágrafo anterior é importante ilustrar, mediante o oportuno comentário do Prof. Eliseu Martins, relatado no livro "Contabilidade de Custos", 6ª. Edição, Editora Atlas, São Paulo onde refere na, página 103, o que segue:
"...Portanto, quando o objetivo principal do ABC é custear produtos, um bom sistema "tradicional" de custos, ou seja, bem departamentalizado e com boa separação dos centros de custos, já pode atender, adequadadamente, a estas duas primeiras etapas: identificação e atribuição de custos às atividades relevantes. É possível, até, não haver diferenças significativas entre o ABC e o sistema tradicional até este ponto..."
Autor:
Cláudio Fernando Ruschel
Contador, Adminitrador, Consultor de empresas na área de Custos
E-mail: markup@markup.srv.br
Site: www.markup.srv.br
Porto Alegre, 26/04/2010.

Fonte:
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/custeio-abc-um-sistema-complexo-com-custo-x-beneficio-desfavoravel/44667/

Glossário

Gasto – Sacrifício financeiro com que a entidade arca para obtenção de um produto, ou serviço qualquer, seja para uso ou consumo. Ex.: gasto com compra de matéria-prima, gastos com mão-de-obra tanto da produção Omo na distribuição.

Custo – Compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na produção de outros bens ou serviços. O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bem e serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Ex.: o salário do operário, da fábrica, que trabalha na produção de determinado produto.

Despesa – Compreende os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativa, comercial e financeira, que direta ou indiretamente visa a obtenção de receitas. As despesas são itens que reduzem o lucro e que tem essa característica de representar sacrifício no processo de obtenção de receitas. Ex.: o salário do vendedor, que irá comercializar o produto.

Investimentos – Compreende geralmente os gastos com aquisição de bens de uso da empresa (ativos), ou ainda, aumento de sua vida útil. Ex.: A compra de um veículo é um investimento e não uma despesa ou custo. No entanto, a perda do valor do veículo em virtude de sua depreciação, representa uma despesa ou custo.

Desembolso – Pagamento resultante da aquisição de bens ou serviços, podendo ocorrer antes, durante ou após a ocorrência do fato. Ex.: é quando sai o dinheiro do caixa ou do banco.

Perda – Bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária. Não deve ser confundida com despesa e nem com custo, exatamente pela sua caracterização de anormalidade e involuntariedade. É dada em fatos ocorridos fora das operações da empresa onde o seu resultado final é afetado. São itens que vão diretamente à conta de resultado. Ex.: perdas com incêndio, obsoletismo de estoques, gastos como mão-de-obra duramente um período de greve.

Custos Diretos – São aqueles que são facilmente atribuíveis a um determinado bem ou serviço, ou seja, são percebidos com clareza em cada produto ou serviço. Ex.: Matéria-prima, mão-de-obra direta.

Custos Indiretos – São aqueles custos que beneficiam toda a produção de um bem ou serviço. São todos os custos de produção, exceto os materiais diretos e mão-de-obra direta. Ex.: Aluguel, depreciação, salário de supervisão.

Custos Variáveis – São aqueles que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Em termos de custos totais, quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos totais. Em termos unitários, os custos permanecem constantes. Ex.: Matéria-prima.

Custos Fixos – São aqueles que independem do volume de produção ou venda. Representam a capacidade instalada que a empresa possui para produzir e vender bens ou serviços. Em termos de custos unitários, quanto maior for o volume de produção ou venda, menores serão os custos por unidade. Em termos de custos totais, independem das quantidades produzidas ou vendidas. Ex.: depreciação, aluguel.

Custo de Oportunidade – É o valor de benefício que se deixa de ganhar, quando no processo decisório se toma um caminho em detrimento de outro, ou seja, os benefícios da alternativa rejeitada serão o custo de oportunidade da alternativa selecionada. Exemplo de Custo de Oportunidade é deixar de aplicar no mercado financeiro, para investir no Ativo Permanente Imobilizado. Esses rendimentos que a empresa deixa de ganhar é um custo de Oportunidade.

Custo de Transformação – É o custo de transformação do material em produtos. É a soma de mão-de-obra indireta e custos indiretos de fabricação

Custos Rateados – São sempre custos indiretos, pois o rateio é realizado mediante o emprego de critérios e taxas, que resultam na divisão proporcional de um montante global.

Custos Semi Variáveis – São aqueles que possuem uma parcela fixa e uma variável.

Custeio ABC
- É uma metodologia de custeio que procura diminuir as distorções geradas pelo rateio arbitrário dos custos considerados indiretos Custeio por Absorção - É o método que consiste em atribuir aos produtos fabricados todos os custos de produção, quer de forma direta ou indireta. Assim, todos os custos, são absorvidos pelos produtos.

Margem de Contribuição - É a quantia em dinheiro que sobra do preço de venda de um produto, serviço ou mercadoria após retirar o valor do custo variável unitário. Esta quantia é que irá garantir a cobertura do custo fixo e do lucro, após a empresa ter atingido o Ponto de Equilíbrio, ou ponto crítico de vendas.

Ponto de Equilíbrio – É o valor ou a quantidade que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas. No ponto de equilíbrio, a empresa não terá lucro nem prejuízo

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Perguntas e respostas

1. O que é Contabilidade de Custos?

A Contabilidade de Custos mensura e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. Ela fornece informação tanto para a Contabilidade Financeira quanto para a Contabilidade Gerencial.

2. Quais os principais objetivos básicos da Contabilidade de Custos?

Principais objetivos da Contabilidade de Custos são: avaliação de estoques, atendimento das exigências fiscais, determinação do resultado, planejamento, formação do preço de venda, controle gerencial, avaliação de desempenho, controle operacional, análise de alternativas, estabelecimento de parâmetros, obtenção de dados para orçamentos, tomada de decisão.

3. Qual a relação entre os princípios da competência, prudência e uniformidade com a contabilidade de custos?

Princípio da Competência – Os custos e despesas devem ser reconhecidos independentemente do pagamento e as receitas devem ser reconhecidas somente quando forem realizadas, independente do recebimento.

Princípio da Uniformidade (Consistência) – Diz que os critérios aplicados num período, nos registros contábeis e nos levantamentos deles decorrentes, devem ser mantidos nos períodos subseqüentes. Entretanto, em certas circunstâncias, havendo mudança de critérios, o seu efeito deve ser divulgado nas demonstrações financeiras.

Princípio da Prudência (Conservadorismo) – Pressupõe que na elaboração de demonstrações financeiras todas as despesas e prejuízos devem ser previstos e provisionados, mas as receitas nunca devem ser antecipadas antes que possam ser consideradas como realizadas. Diz ainda, que do ativo e das receitas, e o de maior valor para os itens do passivo e das despesas, com os efeitos correspondentes ao patrimônio líquido.

4. A partir de que século a Contabilidade de Custos teve um grande desenvolvimento?

A Contabilidade de Custos, com caráter científico começou, efetivamente, em meados do século XIX, com a empresa industrial.

5. Por que é necessário que as empresas industriais tenham um bom sistema de Custos?

Porque determina o valor exato dos estoques existentes, de produtos acabados e de produtos em fabricação, com a finalidade de controlar o processo produtivo da empresa. Sob um enfoque gerencial, o conhecimento dos custos de fabricação permite ao empresário estimar a rentabilidade por produto, mediante sua comparação com o preço de venda.


6. Os fatores de custo de um produto em uma empresa industrial são os mesmos que em uma comercial?

Não, a diferença é que, em uma empresa industrial tem todo um processo para transformação do produto final, inicia-se na compra da matéria prima, considera-se o custo de transformação da matéria prima chegando ao custo final. Já em uma empresa comercial o custo relevante é a compra de produtos para revenda.

7. Qual a diferença entre custos e despesas?

O Custo compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na produção de outros bens ou serviços. O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bem e serviços), para a fabricação de produto ou execução de um serviço.

A Despesa compreende os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativa, comercial e financeira, que direta ou indiretamente visa à obtenção de receitas. As despesas são itens que reduzem o lucro e que tem essa característica de representar sacrifício no processo de obtenção de receitas.

8. Qual a diferença entre custos diretos e indiretos?

Os Custos Diretos são aqueles que são facilmente atribuíveis a um determinado bem ou serviço, ou seja, são percebidos com clareza em cada produto ou serviço. Os Custos Indiretos são aqueles custos que beneficiam toda a produção de um bem ou serviço. São todos os custos de produção, exceto os materiais diretos e mão-de-obra direta.

9. O que são considerados custos de transformação?

Corresponde a soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens compradas etc.). Representam esses Custos de Transformação o valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de um determinado item. Ou seja, constitui-se da mão-de-obra apropriada e dos custos indiretos.

10. Qual a diferença entre custos fixos e custos variáveis?

Custos Fixos – São aqueles que independem do volume de produção ou venda. Representam a capacidade instalada que a empresa possui para produzir e vender bens ou serviços. Em termos de custos unitários, quanto maior for o volume de produção ou venda, menores serão os custos por unidade. Em termos de custos totais, independem das quantidades produzidas ou vendidas.
Ex.: depreciação, aluguel.
Custos Variáveis – São aqueles que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Em termos de custos totais, quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos totais. Em termos unitários, os custos permanecem constantes.
Ex.: matéria prima


11. O que são custos semivariáveis?

São aqueles que possuem uma parcela fixa e uma variável.
Ex.: Energia Elétrica de uma fábrica, na qual cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período.

12. Em que consiste o sistema de custeio por absorção?

O objetivo principal do método de custeio é apurar o custo de uma unidade do produto fabricado. Os custos unitários são necessários para custear inventários para demonstrativos financeiros e para determinar o lucro líquido do período. O custeio por absorção apresenta a especial vantagem de estar de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as leis tributárias, além de ter a sua implementação facilitada pela não exigência de segregação dos custos em fixos e variáveis.
Apresenta como desvantagem o fato de que os custos dos produtos não são mensuráveis objetivamente. Os processos de rateio podem apresentar alto grau de arbitrariedade e subjetividade na distribuição dos custos comuns.

13. Em que consiste o sistema de custeio variável?

Consiste na apropriação somente dos custos VARIÁVEIS. Os Custos Fixos são jogados diretamente à conta de resultado (juntamente com as despesas) sob a alegação (fundamentada) de que estes ocorrerão independentemente do volume de produção da empresa. Fere aos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, porque os Custos Fixos são reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos tenham sido vendidos. Este método é indicado para as tomadas de decisões.

14. O que são os Custos Indiretos de Fabricação – CIF? Exemplifique.

São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados INDIRETAMENTE aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de BASE ou CRITÉRIO de rateio. Complementando, são os CUSTOS que estão relacionados a um determinado objeto de custo mas não podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo).
Exemplos: depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto; salários dos chefes de supervisão de equipes de produção; aluguel da fábrica; gastos com limpeza da fábrica, energia elétrica que não pode ser associada ao produto.

15. Qual tratamento contábil deve ser dado ao desperdício ou perda?

Desperdício se dá por excesso de mão de obra ou equipamentos. Uso ineficiente de recursos. Já a perda é dada em fatos ocorridos fora das operações da empresa onde o seu resultado final é afetado, como por exemplo, deterioração das máquinas, perdas com incêndio, obsoletismo de estoques. Estas perdas e desperdício vão diretamente para conta de resultado.

16. É verdade que o custo variável unitário é fixo, enquanto o custo fixo unitário é variável?

Sim, os custos variáveis unitários permanecem constantes, e os custos fixos unitários são menores de acordo com o aumento no volume de produção.

17. O que significa Ponto de Equilíbrio (Break Even Point)? Como calculá-lo?

Ponto de equilíbrio é o valor ou a quantidade que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas.

18. Como usar a alavancagem operacional para prever o lucro?

Alavancagem Operacional é o uso de ativos operacionais, com custos e despesas fixas, com o objetivo de aumentar os lucros antes dos juros e do Imposto de Renda. Para prever o lucro, é necessário fazer um proporção da quantidade produzida pelo lucro desejado.

19. O que é margem de contribuição?

Margem de contribuição – MC – é quanto cada serviço ou produto vendido contribui para pagar as despesas fixas mensais e quanto contribui para formar o “lucro”. O termo Margem de Contribuição tem um significado igual ao termo Ganho Bruto sobre as Vendas. Isso indica para o empresário o quanto sobra das vendas para que a empresa possa pagar suas despesas fixas e gerar lucro.

20. Qual a legislação que exige que as empresas tenham uma contabilidade de custos?

No Brasil, não existe uma legislação específica que obriga empresário a utilizar à contabilidade de custos.

21. O que é o custeio ABC?

O Custeio ABC (Activity Based Costing) é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão de obra direta, e é recomendável que o seja; mas não haverá, neste caso, diferenças significativas em relação aos chamados “sistemas tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento dados aos custos indiretos.

22. Quais os principais autores e livros do Brasil que tratam de custos?

Eliseu Martins – Contabilidade de Custos
José Hernandez Perez – Gestão Estratégica de Custos
Masayuki Nagagawa – Gestão Estratégica de Custos: Conceitos, Sistemas e Implementação
George Leone – Curso de Contabilidade de Custos

23. Qual o papel de um Controller numa empresa?

Atualmente as funções e atribuições da controlodaria diferem de empresa para empresa, dependendo do porte e da estrutura organizacional, a controladoria pode ser encontrada no mais diversos níveis da administração.Basicamente, a controladoria é exercida de duas diferentes formas:A primeira é mais comum é muito semelhante à função de um contador geral, situando-se na estrutura organizacional como órgão de linha e subordinando-se ao diretor financeiro.A segunda forma de atuação do controller é mais correta, e como órgão de staff, ligado diretamente a alta administração funcionando como filtro das informações geradas pelos diversos setores da empresa. Neste caso o controller precisa ser um profissional altamente qualificado para garantir a perfeita realização dos processos.