quarta-feira, 9 de junho de 2010

Perguntas e respostas

1. O que é Contabilidade de Custos?

A Contabilidade de Custos mensura e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas à aquisição e ao consumo de recursos pela organização. Ela fornece informação tanto para a Contabilidade Financeira quanto para a Contabilidade Gerencial.

2. Quais os principais objetivos básicos da Contabilidade de Custos?

Principais objetivos da Contabilidade de Custos são: avaliação de estoques, atendimento das exigências fiscais, determinação do resultado, planejamento, formação do preço de venda, controle gerencial, avaliação de desempenho, controle operacional, análise de alternativas, estabelecimento de parâmetros, obtenção de dados para orçamentos, tomada de decisão.

3. Qual a relação entre os princípios da competência, prudência e uniformidade com a contabilidade de custos?

Princípio da Competência – Os custos e despesas devem ser reconhecidos independentemente do pagamento e as receitas devem ser reconhecidas somente quando forem realizadas, independente do recebimento.

Princípio da Uniformidade (Consistência) – Diz que os critérios aplicados num período, nos registros contábeis e nos levantamentos deles decorrentes, devem ser mantidos nos períodos subseqüentes. Entretanto, em certas circunstâncias, havendo mudança de critérios, o seu efeito deve ser divulgado nas demonstrações financeiras.

Princípio da Prudência (Conservadorismo) – Pressupõe que na elaboração de demonstrações financeiras todas as despesas e prejuízos devem ser previstos e provisionados, mas as receitas nunca devem ser antecipadas antes que possam ser consideradas como realizadas. Diz ainda, que do ativo e das receitas, e o de maior valor para os itens do passivo e das despesas, com os efeitos correspondentes ao patrimônio líquido.

4. A partir de que século a Contabilidade de Custos teve um grande desenvolvimento?

A Contabilidade de Custos, com caráter científico começou, efetivamente, em meados do século XIX, com a empresa industrial.

5. Por que é necessário que as empresas industriais tenham um bom sistema de Custos?

Porque determina o valor exato dos estoques existentes, de produtos acabados e de produtos em fabricação, com a finalidade de controlar o processo produtivo da empresa. Sob um enfoque gerencial, o conhecimento dos custos de fabricação permite ao empresário estimar a rentabilidade por produto, mediante sua comparação com o preço de venda.


6. Os fatores de custo de um produto em uma empresa industrial são os mesmos que em uma comercial?

Não, a diferença é que, em uma empresa industrial tem todo um processo para transformação do produto final, inicia-se na compra da matéria prima, considera-se o custo de transformação da matéria prima chegando ao custo final. Já em uma empresa comercial o custo relevante é a compra de produtos para revenda.

7. Qual a diferença entre custos e despesas?

O Custo compreende a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou consumidos na produção de outros bens ou serviços. O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é, como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bem e serviços), para a fabricação de produto ou execução de um serviço.

A Despesa compreende os gastos decorrentes do consumo de bens e da utilização de serviços das áreas administrativa, comercial e financeira, que direta ou indiretamente visa à obtenção de receitas. As despesas são itens que reduzem o lucro e que tem essa característica de representar sacrifício no processo de obtenção de receitas.

8. Qual a diferença entre custos diretos e indiretos?

Os Custos Diretos são aqueles que são facilmente atribuíveis a um determinado bem ou serviço, ou seja, são percebidos com clareza em cada produto ou serviço. Os Custos Indiretos são aqueles custos que beneficiam toda a produção de um bem ou serviço. São todos os custos de produção, exceto os materiais diretos e mão-de-obra direta.

9. O que são considerados custos de transformação?

Corresponde a soma de todos os custos de produção, exceto os relativos a matérias primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens compradas etc.). Representam esses Custos de Transformação o valor do esforço da própria empresa no processo de elaboração de um determinado item. Ou seja, constitui-se da mão-de-obra apropriada e dos custos indiretos.

10. Qual a diferença entre custos fixos e custos variáveis?

Custos Fixos – São aqueles que independem do volume de produção ou venda. Representam a capacidade instalada que a empresa possui para produzir e vender bens ou serviços. Em termos de custos unitários, quanto maior for o volume de produção ou venda, menores serão os custos por unidade. Em termos de custos totais, independem das quantidades produzidas ou vendidas.
Ex.: depreciação, aluguel.
Custos Variáveis – São aqueles que estão diretamente relacionados com o volume de produção ou venda. Em termos de custos totais, quanto maior for o volume de produção, maiores serão os custos totais. Em termos unitários, os custos permanecem constantes.
Ex.: matéria prima


11. O que são custos semivariáveis?

São aqueles que possuem uma parcela fixa e uma variável.
Ex.: Energia Elétrica de uma fábrica, na qual cobra uma taxa mínima mesmo que nada seja gasto no período.

12. Em que consiste o sistema de custeio por absorção?

O objetivo principal do método de custeio é apurar o custo de uma unidade do produto fabricado. Os custos unitários são necessários para custear inventários para demonstrativos financeiros e para determinar o lucro líquido do período. O custeio por absorção apresenta a especial vantagem de estar de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as leis tributárias, além de ter a sua implementação facilitada pela não exigência de segregação dos custos em fixos e variáveis.
Apresenta como desvantagem o fato de que os custos dos produtos não são mensuráveis objetivamente. Os processos de rateio podem apresentar alto grau de arbitrariedade e subjetividade na distribuição dos custos comuns.

13. Em que consiste o sistema de custeio variável?

Consiste na apropriação somente dos custos VARIÁVEIS. Os Custos Fixos são jogados diretamente à conta de resultado (juntamente com as despesas) sob a alegação (fundamentada) de que estes ocorrerão independentemente do volume de produção da empresa. Fere aos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos, porque os Custos Fixos são reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos tenham sido vendidos. Este método é indicado para as tomadas de decisões.

14. O que são os Custos Indiretos de Fabricação – CIF? Exemplifique.

São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados em diferentes produtos, portanto, são os custos que só são apropriados INDIRETAMENTE aos produtos. O parâmetro utilizado para as estimativas é chamado de BASE ou CRITÉRIO de rateio. Complementando, são os CUSTOS que estão relacionados a um determinado objeto de custo mas não podem ser identificados com este de maneira economicamente viável (custo efetivo).
Exemplos: depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais de um produto; salários dos chefes de supervisão de equipes de produção; aluguel da fábrica; gastos com limpeza da fábrica, energia elétrica que não pode ser associada ao produto.

15. Qual tratamento contábil deve ser dado ao desperdício ou perda?

Desperdício se dá por excesso de mão de obra ou equipamentos. Uso ineficiente de recursos. Já a perda é dada em fatos ocorridos fora das operações da empresa onde o seu resultado final é afetado, como por exemplo, deterioração das máquinas, perdas com incêndio, obsoletismo de estoques. Estas perdas e desperdício vão diretamente para conta de resultado.

16. É verdade que o custo variável unitário é fixo, enquanto o custo fixo unitário é variável?

Sim, os custos variáveis unitários permanecem constantes, e os custos fixos unitários são menores de acordo com o aumento no volume de produção.

17. O que significa Ponto de Equilíbrio (Break Even Point)? Como calculá-lo?

Ponto de equilíbrio é o valor ou a quantidade que a empresa precisa vender para cobrir o custo das mercadorias vendidas, as despesas variáveis e as despesas fixas.

18. Como usar a alavancagem operacional para prever o lucro?

Alavancagem Operacional é o uso de ativos operacionais, com custos e despesas fixas, com o objetivo de aumentar os lucros antes dos juros e do Imposto de Renda. Para prever o lucro, é necessário fazer um proporção da quantidade produzida pelo lucro desejado.

19. O que é margem de contribuição?

Margem de contribuição – MC – é quanto cada serviço ou produto vendido contribui para pagar as despesas fixas mensais e quanto contribui para formar o “lucro”. O termo Margem de Contribuição tem um significado igual ao termo Ganho Bruto sobre as Vendas. Isso indica para o empresário o quanto sobra das vendas para que a empresa possa pagar suas despesas fixas e gerar lucro.

20. Qual a legislação que exige que as empresas tenham uma contabilidade de custos?

No Brasil, não existe uma legislação específica que obriga empresário a utilizar à contabilidade de custos.

21. O que é o custeio ABC?

O Custeio ABC (Activity Based Costing) é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão de obra direta, e é recomendável que o seja; mas não haverá, neste caso, diferenças significativas em relação aos chamados “sistemas tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento dados aos custos indiretos.

22. Quais os principais autores e livros do Brasil que tratam de custos?

Eliseu Martins – Contabilidade de Custos
José Hernandez Perez – Gestão Estratégica de Custos
Masayuki Nagagawa – Gestão Estratégica de Custos: Conceitos, Sistemas e Implementação
George Leone – Curso de Contabilidade de Custos

23. Qual o papel de um Controller numa empresa?

Atualmente as funções e atribuições da controlodaria diferem de empresa para empresa, dependendo do porte e da estrutura organizacional, a controladoria pode ser encontrada no mais diversos níveis da administração.Basicamente, a controladoria é exercida de duas diferentes formas:A primeira é mais comum é muito semelhante à função de um contador geral, situando-se na estrutura organizacional como órgão de linha e subordinando-se ao diretor financeiro.A segunda forma de atuação do controller é mais correta, e como órgão de staff, ligado diretamente a alta administração funcionando como filtro das informações geradas pelos diversos setores da empresa. Neste caso o controller precisa ser um profissional altamente qualificado para garantir a perfeita realização dos processos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário